10 de outubro de 2012
Desanuviou em mim a ideia de que as coisas existiam a meu desejo. Viver exigia legendar o mundo. Cabia-me o trabalho exaustivo de atribuir sentidos a tudo. Dar sentido é tomar posse dos predicados. Trabalho incessante, este de nomear as coisas. Chamar pelo nome o visível e o invisível é respirar consciência. Dar nome ao real que mora escondido na fantasia é clarear o obscuro. Ainda criança e carregava o pesa da terra, sem estar no bem fundo.
Vermelho Amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós
28 de agosto de 2012
2 de junho de 2012
11 de março de 2012
Talvez devesse lançar um manifesto pela delicadeza. Drummond dizia: "Sejamos pornográficos, docemente pornográficos". Parece que aceitaram exageradamente seu convite, e a coisa acabou em "grosseiramente pornográficos". Por isso, é necessário reverter poeticamente a situação e com Vinícius de Morais ou Rubem Braga dizer em tom de elegia ipanemense:
Meus amigos, meus irmãos, sejamos delicados, urgentemente delicados.
Com a delicadeza de São Francisco, se pudermos.
Com a delicadeza rija de Gandhi, se quisermos.
Já a delicadeza guerrilheira de Guevara era, convenhamos, discutível. Mas mesmo ele, que andou fuzilando pessoas por aí, também andou dizendo: "Endurecer, sem perder a ternura jamais".
A delicadeza também pode ser paradoxa.
28 de fevereiro de 2012
Eu, Leminski e uma mente sem lembrança
5 de fevereiro de 2012
Siempre las horas
INT. - APARTAMENTO DE CLARISSA - NOCHE (2001)
El corredor del apartamento. Todo el mundo se ha ido dormir. CLARISSA con su pijama blanco, está en la cocina apagando las luces una por una. Cuando apaga la ultima en la cocina, sale al corredor y comienza el mismo proceso. Mira brevemente a su hogar: confortable, sólido, completo. Al fin parece en paz. Al apagar las luces en el corredor, se escucha l...a voz de VIRGINIA.
VIRGINIA (V/0)
Querido Leonard, hay que mirar la vida
de frente, siempre directamento de frente,
y saber qué es para amarla por lo que es.
Al menos conorcela. Amarla por lo que es y
entonces ponerla a un lado.
CLARISSA apaga la ultima luz y el corredor queda a oscuras. Se da vulta y se va a su habitación.
EXT. - LA CASA DEL RÍO - DÍA (1941)
VIRGINIA camina despacio una vez más en el río
VIRGINIA (V/0)
Leonard, siempre los años entre nosotros.
Siempre los años, siempre el amor, siempre
las horas.
VIRGINIA se detiene por un momento, en el agua al cuello, a punto de submergirse completamente. El sol juega en el agua.
1 de fevereiro de 2012
Luzes da Ribalta, de Charles Chaplin
Assinar:
Postagens (Atom)